segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

sobre latinhas e chiados de canudinhos

então, como eu dizia, as coisas têm mudado.
aliás, sinto como se elas estivessem indo embora, como quando se toma um refrigerante e a latinha vai ficando levinha levinha, até ouvir-se o chiado do canudinho nas ultimas gotinhas de líquido.
Um dia ouvi um amigo dizer que sentia-se como se não pertencesse ao local onde mora, sentia-se como um viajante, apenas de passagem, pronto para ir embora, aliás, voltar para casa.
Ouvi de olhos, que a tristeza mais triste, é a tristeza de um pássaro aprisionado. Suas asas ficam fracas, e seu canto fica enfadado, cansado e melancólico.
Ouvi dos olhos que me fizeram feliz durante todos esses 17, quase 18 anos, ouvi dos olhos, não sempre dos mesmos, ouvi de olhos de já se apagaram, ouvi de olhos que nem me olham mais, mas que em certas circunstâncias, já fui de muito agrado, além de olhos, ouvi de abraços, ouvi de sorrisos.
Como disse no começo, sinto que tudo isso ta acabando. Mas é só essa parte que acaba, depois dela vem outra e depois mais outra e mais outra.
Descobri que a vida pode ser bonita, mesmo tendo essa cara tão complicada, e descobri, que agora, quero ir.
A latinha fica leve, levinha, bem levinha, de repente, o chiado do canudinho.
É só fechar os olhos, e saber que agora vem mais, e que é tudo diferente do que vocâ já viu ou imaginou, e por isso pode ser difícil.
Mas quer saber? Tô dentro, to indo pra lá.
Lá onde?
Vai saber, apenas to indo.
e sorrindo.

Um comentário:

Alone disse...

Leva eu???
... ou será que vc tem e quer ir sozinho?
Fiquei com vontade ir tb... ou voltar... enfim... acho que quero minha casa! ET minha casa!
beijooooo